domingo, 27 de abril de 2014

Eu e Paris

É óbvio que a vistoria do aeroporto iria revistar a minha bolsa depois do raio x, é óbvio que chegaríamos atrasadas para o vôo e é óbvio que nosso portão de embarque seria o último, porque tudo nessa vida, tem que ter emoção, se não for assim, não tem graça, rs.
E "lá fomos nós", três mulheres com suas particularidades e um sonho em comum; conhecer a tão sonhada Paris! 

Um post é pouco pra falar de Paris, de Versailles e de tudo que eu vi aqui na França. 
Eu me encantei com a diversidade de povos, fiquei sem palavras para a qualidade do metro e trem, e apaixonada com a receptividade que pelo menos eu, tive aqui como brasileira. Cheguei a repetir incansavelmente que pensei em morar por aqui. 

No primeiro dia fomos conhecer a Torre Eiffel, que para muitos pode ser apenas mais um monumento histórico, um ponto turístico, ou um lugar bonito para apreciar o pôr do sol... mas pra mim, era um sonho de menina, posso afirmar que enquanto todas as crianças da minha escola queriam estar na Disney, eu queria ver as luzes na Torre Eiffel se acender diante dos meus olhos. 

Pode parecer clichê, ou muito "mimimi" da minha parte, mas eu ainda estou sem palavras para descrever a sensação que tive quando eu vi a Torre Eiffel ali, na minha frente. Se fosse para usar três palavras do que ela significou pra mim, seriam; "delicadeza, força e glamour". 
E sobre o meu momento? Não foi apenas conhecer a Torre Eiffel, um novo país ou uma nova cultura, foi sentir orgulho de mim mesma, ao me ver ali... Realizando um sonho, e aproveitando uma oportunidade que muitos gostariam de ter. Foi mágico, não só pelo lugar, mas porque enquanto eu esperava o sol se pôr, consegui refletir sobre a minha vida, e saber que toda a evolução pessoal que eu vim buscar, já está começando a me mostrar que tudo valeu a pena. 


Foto by IPhone da Sam

Passeando pelas ruas de Paris, pude presenciar e apreciar outra coisa que tem me encantado muito na Europa; os artistas de rua, sejam eles pintores, desenhistas, cantores ou dançarinos. Tenho visto muito talento e organização junto, por aqui é comum assistir um show, quando você simplesmente vai até o mercado comprar alguma coisa que está faltando em casa. 




Minhas primeiras observações sobre Paris:
Pode ser estranho falar isso, mas pelo menos no bairro onde fiquei hospedada, me senti um pouco em São Paulo, digamos que uma parte de São Paulo, como se eu estivesse na região da Consolação, Jardins, com prédios residenciais antigos, conservados, árvores e metrô por perto... É diferente do que eu estou acostumada em Dublin, que é uma cidade pequena. 

A direção do carro não é como a da Irlanda, hahaha... Aqui em Paris, é igual no Brasil, volante
do lado esquerdo. 

Achei o povo receptivo, e repito... A diversidade de povos é surreal, muito top!
Quando falo de povo, estou me refiro ao povo que mora em Paris, não exclusivamente aos franceses.

Cultura e arte "pra dar e vender"... Se você parar em qualquer lugar da cidade e olhar ao seu redor, você vai entrar numa viagem particular e histórica que dinheiro nenhum no mundo compra.

Bom galera, por enquanto é isso, estou sem wifi fácil, e vou falar da França em mais posts... Quero recomendar e falar de mais lugares que conheci, só passei por aqui pra contar um pouquinho de como foi o começo dessa viagem. Eu precisava dizer que eu estou APAIXONADA por esse lugar e que eu descobri que não era a toa que eu sonhava em conhecer tudo isso... Desde uma rua arborizada até essa língua linda que é o francês, tudo tem sido exatamente da maneira que sonhei... Ou melhor!






Um beijooo e até daqui a pouco. 
Sam ;) 




sexta-feira, 18 de abril de 2014

A diversidade me encanta

Hoje quero falar um pouco sobre o que mais tem me encantando em Dublin... a diversidade, de povos, de cultura e de arte. 
Tivemos "Good Friday", mais conhecida por nós brasileiros, como "sexta-feira santa", assim como no Brasil foi feriado, e confesso que estava curiosa para entender e ver como os Irlandeses comemoram essa data, além de toda preparação católica que existe nesse dia, o mais curioso e interessante, é que a venda de bebidas alcoólicas é proibida por lei e alguns restaurantes ou pubs nem abrem na Good Friday.

Foi um feriado lindo, muita gente na rua, sol, e flores de todas as cores e tipos deixando a cidade mais linda ainda, como presente da primavera.


Aproveitei o dia para ir até o Steffens Green Park, que é um dos meus lugares preferidos em Dublin, saindo do parque comecei a conversar com uma amiga sobre o motivo de eu ter escolhido e aceitado ficar nesse lugar. É impressionante como um artista consegue num pequeno espaço dessas ruas, reunir centenas de pessoas ao seu redor, é mágico como esses caras conseguem tirar sorrisos de todos os rostos e encantar os turistas com tanto talento e organização. 
São vozes lindas, danças inéditas e os mais variados instrumentos do mundo todo, você não consegue passar por essas ruas sem parar por pelo menos 3 minutos assistindo cada artista, eu costumo falar que Dublin é o tipo de cidade que não nos permite sair com hora marcada, você vai precisar de alguns minutos para se surpreender e se apaixonar no meio do caminho.



Quinta feira fizemos uma reuniãozinha com a galera do meu curso, e é ai que entra a parte mais interessante dessa cidade mágica... Estar numa sala com brasileiros, mexicanos, venezuelanos, irlandeses, franceses, argentinos, "e por ai vai"... Isso é Dublin, isso é Irlanda!
Está ai, a grande oportunidade e foco dessa viagem, aprender sobre outros costumes e culturas, aprender a falar outros idiomas, conhecer novas histórias de vida, as mais variadas culinárias e respeitar o amor que cada um têm pelo seu país. 
Ensinar os gringos a falar português também consegue ser a parte mais gostosa disso tudo, rs... Eles adoram! 

Tenho certeza que ainda vou aprender e me surpreender muito com essa minha nova jornada, e é como sempre digo... "Não vim aprender inglês, isso é conseqüência do meu esforço, eu vim mesmo... Foi pra conhecer o mundo". 
E a novidade é que agora o Blog vai ficar mais "movimentado".
Dublin me fez admitir/iniciar algumas coisas;
- meu iphone não suporta minha paixão por fotos, e já estava na hora de realizar mais um sonho, comprei uma câmera semi profissional, e vou investir na minha paixão por fotos.
- comprei um livro, que fala sobre as 1001 cervejas que você precisa experimentar antes de morrer.

Bom, acho que consegui unir minhas grandes paixões... Viajar para conhecer lugares que sempre sonhei, fazer imagens exclusivamente minhas, experimentando as melhores cervejas do mundo. 



Valeu pessoal!
Agora vamos que vamos... Que vem lugar novo por ai.

Beijos,
Sam!

  


        

quinta-feira, 10 de abril de 2014

1 mês longe de casa

Hoje é dia do post da saudade, hoje é dia do post da felicidade.
Hoje eu completo um mês morando na Ilha da Esmeralda, um mês longe de casa, um mês me virando sozinha, longe dos meus costumes e longe da minha cultura. 

Pra ser sincera, eu mal sei por onde começar, ontem quando fui dormir me dei conta de que hoje faria um mês longe de casa, me dei conta de que eu não era uma turista de férias, aliás; era um mês com uma nova vida, e todas sensações possíveis bateram em minha porta, rs... Era saudade, era realização, coragem, mas principalmente orgulho e paz. 
É uma sensação inexplicável, quando você se vê "tirando de letra" todas as novas situações que a vida te trouxe, seja um ou dois idiomas diferentes, se virar pra alugar um apartamento sem seu pai como fiador, ou fazer compras de casa sem gastar horrores em biscoitos e chocolates, hehehe.

Eu não tive medo de "largar tudo" e me mudar, eu sabia da possibilidade de não dar certo, eu tive medo da saudade. 
A saudade da minha família, domingo com os meus país na sala de casa assistindo Silvio Santos, saudades da risada do meu pai, rindo das piadas mais sem graça do mundo, sexta e sábado na Vila Madalena com os amigos... Saudade do emprego, do sol, do Vila Lobos, saudades das pizzas com vídeo game e da minha mãe gritando; "leva a blusa", "pegou a chave?". #mimimi

Hoje eu peguei um taxi com um motorista brasileiro, e começamos a conversar sobre nossas vidas aqui, nossas vidas no Brasil e tudo o que tinha mudado e acontecido desde que ambos chegaram aqui. Em uma parte da conversa, ele falou exatamente o que eu disse para uma amiga semana passada... "Eu tive muita sorte desde que cheguei aqui". 
Eu ainda não sei se acredito em sorte, mas sei que tudo acontece na minha vida de maneira abençoada, até mesmo as coisas ruins, afinal de contas todas as tempestades que passaram pela minha vida, me trouxeram dias ensolarados. 
Acredito que sorte é quando a competência encontra a oportunidade, sorte é quando você traça um plano para que ele dê certo e mentaliza apenas boas energias, a positividade pode mudar a vida de uma pessoa, basta acreditar. 

Enfim, se foi sorte, destino ou algo do tipo... Eu ainda não sei, eu só sei que absolutamente tudo têm dado certo. Eu encontrei pessoas que me ensinam um pouquinho cada dia, pessoas que transformam minha vontade de chorar em gargalhadas, pessoas que me fazem valorizar cada dia aqui, e pessoas que me mostram o quanto eu ainda preciso evoluir. Essa nova fase tem sido a prova de que precisamos mentalizar boas energias, pois quando você está de bem com a vida, até mesmo o farol no trânsito colabora com você. 

Eu não sei se seria um assunto para esse post ou para outro mais específico falando de "valores pessoais", mas já que eu comecei o post falando de saudades, eu queria dizer que eu já comecei a sentir aquela vibe que tantos falam de "valorizar as coisas simples da sua vida no Brasil", posso dizer que coisas simples como comer algo que lembra seus país, ou ir à algum lugar que lembra seus melhores amigos e não os tê-los por perto, com certeza vai fazer você aproveita-los mais quando estiver com eles. Acho que vai ser tipo, desligar a internet do celular e enxergar um mundo melhor... O seu mundo! 


Mapa da Ilha... Mapa da minha nova casa.

Beijos,
Sam

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Encontrando brasileiros fora do Brasil

O post de hoje pode parecer um pouco polêmico, mas eu espero do fundo do meu coração que ele não seja mal interpretado, eu não gosto de comparação por isso não as faço, a intenção do blog é compartilhar o que eu vejo e o que eu vivo, então hoje não vai ser diferente.

Quem pesquisar um pouco sobre estudantes na Irlanda, vai perceber que por aqui tem bastante brasileiros, aliás, em New York tem brasileiros, no Canadá tem brasileiros, na Austrália, hahaha os brasileiros estão por todos os lugares do mundo.

Eu já disse em um dos meus posts, que desde que eu cheguei aqui, tenho conhecido pessoas maravilhosas que me ajudaram com os lugares para comprar comida e roupa mais em conta, pessoas que se preocuparam em me apresentar pontos turísticos lindos, baladas bem frequentadas e os segredos de Dublin, que a gente só descobre quando está aqui. 
Mas, como toda regra tem sua exceção, nem todo país é tão melhor assim que o nosso, e nem todo brasileiro é tão solidário quanto a gente pensa. Não é porque somos gente boa, que todos são... Temos o exemplo disso, todos os dias, vivendo num país onde um pai de família é assaltado voltando do trabalho, ou onde uma mulher é julgada pela roupa que veste. 

A galera tem mania de achar que só porque está fora do país, tudo vai ser perfeito, e é aí que se enganam. Primeiro que, quem faz o lugar é você, e se você for um ser humano de merda, vai fazer do lugar um país de merda. Segundo que, se você acha que os gringos são como os brasileiros que tiram do próprio povo para pessoas de outro país, você está bem enganado... somos o único país que dá preferência profissional para uma pessoa de outro país, pelo menos por aqui, as coisas não funciona bem assim. Acho inclusive que a experiência de morar fora, deveria servir para unir mais as pessoas, e infelizmente não é sempre que isso acontece.

A intenção hoje, é falar um pouco das primeiras impressões que eu tive dos brasileiros por aqui, e confesso que minhas impressões foram ao extremo tanto no lado positivo, quanto no lado negativo. 
As pessoas boas me fazem entender o porquê somos a nação mais "calorosa" do mundo, e outro tipo de gente, me faz entender o porquê do nosso país estar sempre cheio de coisas erradas. 

Eu participo de alguns grupos no facebook, onde a intenção é "brasileiros ajudar brasileiros", e vejo alguns caras vendendo uma cartela de paracetamol por 10 euros, vejo gente que faz esquema pra ganhar dinheiro passando vaga de quartos por preços absurdos para pessoas que recém chegaram, que não conhecem nada, que não conhecem ninguém e acabam pagando mais caro por medo de errar.

Eu não sou a "miss bondade" e nem saio doando remédios por aí, pra ser sincera, Dublin tem me ensinado a ser menos boazinha. As vezes a gente quer ajudar, mas gente sem noção não merece ser ajudada, esses precisam aprender sozinhos que "semancol", é uma coisa que não se compra, mas que deveria ser o primeiro item a ser colocado na mala quando você decide se mudar de país pra conviver com costumes e culturas totalmente diferentes dos seus. 
Aprendi que ninguém muda ninguém e que o mundo não muda com as minhas atitudes, mas... Se eu for uma pessoa melhor, consequentemente "meu mundo", será melhor. (A velha lei do retorno)

E como eu sempre digo, você tem dois caminhos, e você conhece os dois tipos de pessoas, o que agrega a gente leva, e o resto? É resto. 

A última coisa que quero fazer nesse blog é comparar pessoas e seus países, acredito que cada um tem seu melhor e seu pior, mas acho que vale a dica de que se você é oportunista fora do seu país com pessoas da sua Terra, que precisam apenas de uma força, você não tem moral pra falar do político corrupto que ferra com a sua vida. E acredito também que o Brasil será um país melhor no dia em que todos começarem a se amar independente da religião, cor, opção sexual ou classe social.


Foto tirada com alguns dos brasileiros gostosos que Dublin me trouxe! 

Beijoooo,
Sam!