segunda-feira, 7 de abril de 2014

Encontrando brasileiros fora do Brasil

O post de hoje pode parecer um pouco polêmico, mas eu espero do fundo do meu coração que ele não seja mal interpretado, eu não gosto de comparação por isso não as faço, a intenção do blog é compartilhar o que eu vejo e o que eu vivo, então hoje não vai ser diferente.

Quem pesquisar um pouco sobre estudantes na Irlanda, vai perceber que por aqui tem bastante brasileiros, aliás, em New York tem brasileiros, no Canadá tem brasileiros, na Austrália, hahaha os brasileiros estão por todos os lugares do mundo.

Eu já disse em um dos meus posts, que desde que eu cheguei aqui, tenho conhecido pessoas maravilhosas que me ajudaram com os lugares para comprar comida e roupa mais em conta, pessoas que se preocuparam em me apresentar pontos turísticos lindos, baladas bem frequentadas e os segredos de Dublin, que a gente só descobre quando está aqui. 
Mas, como toda regra tem sua exceção, nem todo país é tão melhor assim que o nosso, e nem todo brasileiro é tão solidário quanto a gente pensa. Não é porque somos gente boa, que todos são... Temos o exemplo disso, todos os dias, vivendo num país onde um pai de família é assaltado voltando do trabalho, ou onde uma mulher é julgada pela roupa que veste. 

A galera tem mania de achar que só porque está fora do país, tudo vai ser perfeito, e é aí que se enganam. Primeiro que, quem faz o lugar é você, e se você for um ser humano de merda, vai fazer do lugar um país de merda. Segundo que, se você acha que os gringos são como os brasileiros que tiram do próprio povo para pessoas de outro país, você está bem enganado... somos o único país que dá preferência profissional para uma pessoa de outro país, pelo menos por aqui, as coisas não funciona bem assim. Acho inclusive que a experiência de morar fora, deveria servir para unir mais as pessoas, e infelizmente não é sempre que isso acontece.

A intenção hoje, é falar um pouco das primeiras impressões que eu tive dos brasileiros por aqui, e confesso que minhas impressões foram ao extremo tanto no lado positivo, quanto no lado negativo. 
As pessoas boas me fazem entender o porquê somos a nação mais "calorosa" do mundo, e outro tipo de gente, me faz entender o porquê do nosso país estar sempre cheio de coisas erradas. 

Eu participo de alguns grupos no facebook, onde a intenção é "brasileiros ajudar brasileiros", e vejo alguns caras vendendo uma cartela de paracetamol por 10 euros, vejo gente que faz esquema pra ganhar dinheiro passando vaga de quartos por preços absurdos para pessoas que recém chegaram, que não conhecem nada, que não conhecem ninguém e acabam pagando mais caro por medo de errar.

Eu não sou a "miss bondade" e nem saio doando remédios por aí, pra ser sincera, Dublin tem me ensinado a ser menos boazinha. As vezes a gente quer ajudar, mas gente sem noção não merece ser ajudada, esses precisam aprender sozinhos que "semancol", é uma coisa que não se compra, mas que deveria ser o primeiro item a ser colocado na mala quando você decide se mudar de país pra conviver com costumes e culturas totalmente diferentes dos seus. 
Aprendi que ninguém muda ninguém e que o mundo não muda com as minhas atitudes, mas... Se eu for uma pessoa melhor, consequentemente "meu mundo", será melhor. (A velha lei do retorno)

E como eu sempre digo, você tem dois caminhos, e você conhece os dois tipos de pessoas, o que agrega a gente leva, e o resto? É resto. 

A última coisa que quero fazer nesse blog é comparar pessoas e seus países, acredito que cada um tem seu melhor e seu pior, mas acho que vale a dica de que se você é oportunista fora do seu país com pessoas da sua Terra, que precisam apenas de uma força, você não tem moral pra falar do político corrupto que ferra com a sua vida. E acredito também que o Brasil será um país melhor no dia em que todos começarem a se amar independente da religião, cor, opção sexual ou classe social.


Foto tirada com alguns dos brasileiros gostosos que Dublin me trouxe! 

Beijoooo,
Sam!







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